sábado, 11 de setembro de 2010

O Passar dos Ventos

Meu nível de tolerância anda caindo muito ultimamente.
E a cada dia que passa modifico mais meu posicionamento.
Já fui gentil demais a ponto de guardar minha doçura toda para os outros.
Mas daí quando amargurado, poucos ofereceram a sua.
Ninguém oferece, é igual a dinheiro. E eu não dou dinheiro a ninguém.
Hoje sou um homem, sem tanta doçura como quando criança.
Guardo julgamentos, tristezas , escravidão e humilhações.
Mas ainda há uma única coisa boa que guardo:
São as lembranças dos momentos doces.
E um pouco da doçura que recebi de poucos.
Se me julgarem amargurado ou egoísta
Ou se perceberem frieza em meus sentimentos através de minhas atitudes,
Não é porque eu quis mudar e ser assim.
A vida apenas me fez amadurecer.
E o doce que surge agora da minha maturidade
Estou guardando somente para mim.
Na esperança de ainda poder compartilhar
Ainda com aquela estrela que a nuvem apagou
Embora hoje, minha esperança esteja guardada
Em uma caixa de sapato empoeirada, em baixo de minha cama.