sexta-feira, 9 de julho de 2010

Como começar....

Despertador, cama, abajur, chinelos, tapete, roupas, vazo, pia, escova de dente, creme dental, torneira, água, toalha, espelho, gel e pente. Lençóis, roupas, computador, janela, frio. Mais roupas, sapato, perfume e pasta. Documentos. Armário, achocolatado, gaveta, colher, copo, microondas; torneira. Chave do carro, guarda-chuvas, chave, portão e carro. Sinaleiras. Freio de mão.Calçada, parada de ônibus, relógio, carros, mulher fumando, carros, criança chorando. Ônibus, cobrador, roleta, pessoas e pessoas. Ônibus estragado, pessoas e parada de ônibus. Relógio, carros, pessoas, relógio, ônibus. Pessoas, banco vazio, janela. Fim da linha, pessoas, ônibus, taxis, policiais, carros, pessoas prédios, mendigos, pessoas e prédios. Mendigos, prédios, mais prédios, viaduto, calçada, carros, ponte de pedra. Escadaria, recepcionista, elevador, e recepcionista:
- Você é o...
- Cristiano!
- Hah, aqui está! Por favor, entre, sente-se!
Papéis, pasta, beijo, abraço, recados, elevador, porta. Calçada, carros, pessoas e prédios. Calçada, rio, grama verde, pedras, vento, pessoas malhando, rio, ondas, pedras e grama. Chão batido. Pessoas, bancas de alimentação, grama, rio, pássaros, árvores, frio e vento. Monumento histórico CEEE, doca, plataformas flutuantes, pescadores, comerciantes, crianças, velha com cachorro, pombas, casal caminhando, banco. Pasta, caneta e papel.
Cristiano Zarichta

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Não adianta ter idéias e não pô-las em prática!

Hoje usei o oportunismo para enfim fazer algo de utilidade diferenciada.
Tenho pensado muito em criar algo novo, ou apenas algo que me ajude a colocar em prática meu objetivo. Mas que objetivo é esse?
Confesso que tenho uma certa obsessão por definição, mas por incrível que pareça, não consigo definir exatamente meu objetivo de forma direta. Porém tento explicar abaixo:

"Anseio que todos possam ter ao menos a oportunidade de vislumbrar a vida de uma outra forma a qual estão acostumados a fazer. Isso remete à reflexão do sentido da vida e a uma jornada de busca constante pelo perfeito ideal, imergindo em nós mesmos observando a vida a nossa volta."

Fazer este exercício torna-me: crítico, autêntico e filósofo.

O motivo do oportunismo então foi a soma de vários fatos isolados.
Havia meses eu não necessitava acordar tão cedo: às seis horas da manhã. Logo, hoje foi um dia diferente. De quebra de rotina, após minha terapia, cedo no centro da capital, já observando em qual parada eu devia pegar o ônibus. Feliz por ali estar, vendo o movimento da cidade funcionar, algo me chamava a atenção. Hoje o dia poderia vir a ser diferente dos outros. E o mais engraçado é que isso dependia somente de mim. Foi quando, deixando-me levar por impulsos sublimes, comecei a caminhar e lembrar de certos fatos que delimitavam minha vida naquele determinado momento: ora bolas, eu estava desempregado. Também já havia sido aprovado em todas as cadeiras do semestre na faculdade. Estava de férias. Uma quinta-feira, meados de julho, quase inverno, em plena capital cujo sou apaixonado, sem nada para fazer. Por que ir para casa? Por que não ficar por aqui, encontrar uma inspiração para começar a por em prática o que há meses penso, de forma que possa ser visto e prestigiado por quem interessar?
Inspiração.
Este é meu combustível para pensar. Sou movido a inspiração. Então que tal aditivar meu combustível em um lugar propício para relaxamento, reflexão e paz?

Eis que, de forma simples, saciamos nossos desejos de paz e equilíbrio pessoal. Porém para que isso ocorra, precisamos nos permitir. Precisamos entender que, para a nossa vida ser dinâmica, precisamos oportunizar momentos que possam ocorrer tais mudanças.

Em princípio, penso que foi uma boa introdução nos meus trabalhos, onde busco sempre colocar à prova prática e exemplificada.

No entanto, serve abaixo para a reflexão da semana:

"Já percebestes que, enquanto somos crianças, somos apaixonados pela vida? As crianças tem uma necessidade intensa de viver, pois para elas tudo o que acontece ao seu redor é novidade. Até mesmo olhar pela janela, ver os raios de sol de uma bela manhã já a fascina. Isso ocorre pelo fato do nosso cérebro gravar situações novas, enquanto sobrepõe as semelhantes. Na medida que vamos acostumando com as coisas, elas acabam por se tornar demais repetidas, e começamos ter uma noção de que já conhecemos a vida, pois não gravamos nada novo. Na fase adulta não nos surpreendemos mais com paisagens corriqueiras, por mais belas que sejam. Aprendemos a determinar as coisas de acordo com padrões estigmatizados, que nos afastam de nosso senso próprio. Este sedentarismo de sobrepor situações semelhantes acaba nos dando a nítida sensação de que os anos passam cada vez mais rápidos na medida que envelhecemos, pois não nos surpreendemos mais com coisas novas. Abreviamos nossas vidas, pois acostumamos a fazer tudo de forma igual ou semelhante, pois agindo dessa forma temos confiança naquilo que conhecemos e medo do novo desconhecido." (inspirado em: O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, 1991)

Desta introdução, faço-a como marco o início de minha vida pública na forma de textos, fotos, vídeos ou contos, onde passo a dividir experiências pessoais e pensamentos curiosos e construtivos para leitores internautas interessados!

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Cristiano Zarichta